domingo, 4 de janeiro de 2015

Sempre o Mar


Mudei de ofício. Troquei as sardinhas pelos polvos. A paixão é a mesma. O Mar, sempre o Mar. Fica aqui a promessa de vos trazer e partilhar convosco novas estórias. Os pequenos fragmentos do meu quotidiano salgado, agora, vão estar em A Vida na Pesca Artesanal (avidanapescartesanal.blogspot.com).


 Lua

 (Text & Photo - Luís Pinto Carvalho - All Rights Reserved)

quinta-feira, 1 de maio de 2014

Até ao meu regresso

A vida é feita de mudanças e desafios. Agora chegou a minha vez. Decidi mudar de vida, mas não me esqueço deste espaço, das partilhas, dos comentários e de todos os momentos passados no Mar, em Terra e Aqui. Não me esqueço de Vós. Fica a promessa de voltar em breve, com uma outra forma de Vida. Obrigado a Todos.

 
Fim

(Text & Photo - Luís Pinto Carvalho - All Rights Reserved)

quarta-feira, 19 de março de 2014

Latência

Dia 14 de Março de 2011. A minha realidade mudou, mas o meu coração continuava - e continua - a ser o mesmo. Começara um novo desafio. O regresso às origens, um orgulho muito grande que sempre me acompanhou por outras estações e apeadeiros de vida. Decidi embarcar, quando outros me tentavam convencer para zarpar de um País que é o meu. A minha regularidade por aqui tem sido irregular. A minha regularidade na vida real tem sido irregular. Engane-se quem pense que manda na vida; a vida é que manda em nós. Como já lavrei nesta janela, esta não foi a vida que escolhi, mas sim, a vida que me escolheu. Mas não deixo de viver, de lutar, de vencer. E, sobretudo, de ser feliz, muito feliz. Três anos volvidos, Obrigado a Todos, mas permitam-me um agradecimento especial ao Meu Pai, Mestre Carlos Carvalho.

 
Destino

(Text & Photo - Luís Pinto Carvalho - All Rights Reserved)

sábado, 19 de outubro de 2013

Vivo

Penso em tudo e não penso em nada. O olhar abre os portões de todo um universo que faz os sentidos fazerem sentido. Sinto. Não me canso. Deixo-me perder. Gosto e recosto-me. Suspiro. Esqueço. Vivo. Agradeço. 

 Paz  

(Text & Photo - Luís Pinto Carvalho - All Rights Reserved)

quinta-feira, 14 de março de 2013

Paragem

Amanhã será dia de paragem. Até ao final do mês. A Luís Adrião marca rota com a já habitual reparação sazonal. Não alheio a esta pausa está o facto do defeso da pesca da sardinha ainda estar em vigor. Só a partir de Abril será possível regressar às capturas deste peixe tão nosso. Entretanto, a traineira ficará no estaleiro, onde irá tratar das feridas de meses a fio a palmilhar milhas e a trazer bom pescado.


Feridas

(Text & Photo - Luís Pinto Carvalho - All Rights Reserved)

Viagens

Esbatidas no tempo, as longas viagens até Cascais permanecem bem vivas na memória. Na altura, era lá que íamos ao encontro da sardinha. Em Fevereiro navegámos no seu encalço por outros mares, mas só até a meio do mês. Daí em diante, o período de defeso forçou-nos a orientar a pesca no sentido de outras espécies. A cavala desapareceu e entrou em cena uma pequena personagem que dá pelo nome de carapau, o jaquinzinho, por nós apelidado de pelim. Para reflexão fica o valor mais baixo a que foi vendido em lota: 10 cêntimos por quilo. Mas a persistência acaba sempre por colher os seus frutos. Quando já estávamos prontos para arrancar a folha do calendário, as águas e os dias frios trouxeram consigo o biqueirão, espécie particularmente apreciada pelos espanhóis e que nos fez respirar de alívio em tempo de balanço mensal.


Encalço

(Text & Photo - Luís Pinto Carvalho - All Rights Reserved)

Esperança

A vida continua. Para trás ficou um ano que não nos foi ingrato. Aproveitando a maré, a entrada em 2013 aconteceu naturalmente, deslizando sobre a espuma e recolhendo toda a maresia intensa dos dias mais frios. As pescarias de Janeiro, os lances, como nós as chamamos, sorriram à companha da Luís Adrião. A sardinha foi rainha. Dia após dia, desfiando horas imensas de labuta, o Mar recebeu-nos nos seus braços e foi amigo. O mesmo não se poderá dizer da semana que passou… A força da Natureza, aliada à inclemência de um oceano revolto, deixou-nos cinco longos dias em terra. Sem peixe. Sem sal no corpo. Sem pão. O Mar obrigou-nos a um puro exercício de contemplação das suas expressões mais fortes e rudes. Demonstração de força da qual temos real noção. Respeitámos. Obedecemos. Não soltámos amarras. Mas há sempre luz. Há sempre esperança de que amanhã será melhor.


Luz

(Text & Photo - Luís Pinto Carvalho - All Rights Reserved)