quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Estrela Dalva

Zarpámos no domingo à noite. Ainda trazíamos o corpo habituado às andanças de fim-de-semana. À hora marcada estávamos a bordo e soltámos amarras. O rumo ditava o destino até Sul. No entanto, não sabíamos o que nos esperava… A rede atirou-se à cavala. Muita. No final do lance, a vista perdia-se pelo peixe que o nosso barco não poderia comportar. Chamámos o Jonas David, do Mestre Márinho. Quando demos por nós, estávamos três barcos a carregar: Luís Adrião, Adrião Luís e Jonas David. E havia aquele som de rabos a chapinhar na água e de salpicos de salmoura misturados com escamas minúsculas, para além da algazarra dos homens. Entretanto, na azáfama do trabalho, um gancho de inox fez questão de escrever mais uma história no meu rosto a tinta de sangue. Ossos do ofício. Estava tudo a correr bem, até que nasceu a Estrela do Dia, também conhecida por Estrela Dalva ou, simplesmente, o planeta Vénus. O instinto do peixe ditou que era hora de ir embora e meteu a cabeça às profundezas. Impossível imaginar a força de milhões de pequenas cavalas, face à força de homens e máquinas. A rede cedeu. As cavalas ganharam. Tivemos de nos conformar com o que tínhamos a bordo. Encetámos a viagem de regresso a casa, mas, ao nascer do dia, a máquina da Luís Adrião cedeu. Fomos obrigados a ser rebocados. Mas chegámos a bom porto e com bom peixe.

Dia

(Text & Photo - Luís Pinto Carvalho - All Rights Reserved)

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Interrogações

Continuávamos à procura da tão desejada sardinha. Três intensas horas de navegação de Sesimbra a Cascais, onde arriscámos a nossa sorte. Dou por mim a olhar para o infinito que o horizonte azul esforça-se por encontrar. Não me chega. Ergo a face e elevo o pensamento até aos céus. Quantas interrogações… Onde vamos pescar? Será que vamos conseguir fazer um bom lance? O azul envergonhado deu-me esperança, as nuvens plumbiosas deram-me desalento. Os brancos intermitentes trouxeram-me de volta ao convés e à espuma que bramia à passagem da proa. Estremeci com o toque da buzina que anuncia a largada. Fechei os olhos e regozijei-me com um sorriso interior. E a rede já saía e desenhava um círculo perfeito. Nesse dia, o Homem ganhou à sardinha.

Pensamentos


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Paixão

Após semanas de ausência, hoje volto a pegar na pena. A Luís Adrião continua seguindo o seu destino e as fainas têm sido promissoras. Confesso o aperto das saudades que tenho sentido de poder estar aqui a partilhar convosco a minha – e também vossa – Vida na Traineira. No entanto, quando a terra fica para trás, as horas perdem o sentido. Não há hora certa para almoço e jantar. Não há hora certa para estar com a família e com os amigos. Não há hora certa para vos mandar algumas palavras. A verdade é que vivo intensamente a paixão pelo Mar, tão forte quanto a que sinto pela lavra destes fragmentos salgados. Mas nem sempre é possível vos trazer ambas de mãos dadas. Fica a promessa de novas estórias, com a regularidade que o Mar permitir. Espero que sejam do vosso agrado.



Nova



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quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Incerteza


Chega a hora de jantar e os ponteiros acelerados caminham para as oito horas da noite. Eu não. Em jeito de passeio de domingo, caminho tranquilo pelo cais, rumo ao meu local de trabalho. Persiste o cheiro a peixe no ar, embora o cais vestido de cimento nada denuncie. Ainda tenho tempo antes de embarcar. Sento-me nas escadas e olho para a Luís Adrião. Começo a tentar imaginar a noite de faina que poderei ter. Há o reconhecimento da incerteza e da incógnita que cada dia nos traz. Recordo antigas pescarias e estórias que cada tábua pode partilhar. Embarco. Uma noite no beliche. O motor é a minha música de elevador. Está calor, muito calor. O odor do gasóleo toma conta da atmosfera e mistura-se com o da conserva que um camarada janta a estocadas de navalha. Com mais uma corrente de ar, contemplo um nevão de escamas perdidas. Adormeço. A noite passa. O sol rasga a terra. Acordo. A rede sai. A cavala entra.


Incógnita
 
 
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terça-feira, 28 de agosto de 2012

À carga


Pelos faróis de navegação, há uma sensação imediata da chamada carga, o carrego e a expressão deliciosa da “estrela a beber água”. Na proa, os 12 pés estão muito lá para baixo. Cá em cima, a cavala, muita, às toneladas. Não há mais nenhuma traineira no cais. A chegada é solitária. Está tudo a postos. Perto de 20 homens vão conseguir processar 35 toneladas de cavala em apenas 3 horas. Confusão não existe. O Mestre opera a grua de descarga das caixas isotérmicas, as chamadas dornas. Tem um sorriso contido. Quase não se percebe. Dele. Quando a luz deixa, as farripas de cabelo, suadas e coladas à testa, perdem a vergonha e mostram-se para além da pala do boné. Orgulho. O cenário é apocalíptico ao senso comum, mas, passados meros segundos, aquela pseudodesorganização funciona ao milésimo. Todos sabem onde estar e o que fazer. Aqui há uma companha. E, numa voz de comando, o Mestre manda soltar amarras para mais uma faina.
 
Cavala


 
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terça-feira, 17 de julho de 2012

Na mira

Falhámos a última Lua Nova, mas agora que o Quarto Minguante começa a descair, a sardinha está a regressar forte e feio, de Norte a Sul. No entanto, há que dar mérito a quem a procura e onde palpita que ela estará. Recordo os tempos das sondas de agulhas, a preto e branco, as largadas à branca, no sítio certo, na hora exacta, mestres na proa, atirando pedras para a estiva, obrigando o peixe a dar ao rabo para a bomba. Na altura em que os sonares não passavam de ficção científica, sondas a cores nem pensar. Nunca nos deveremos esquecer que foi o Homem que inventou a tecnologia. O saber, a gira, o golpe de rins e, acima de tudo, o saber, são todos dele. Na mira, a Luís Adrião avança para mais uma faina.
Avança


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quarta-feira, 27 de junho de 2012

Horizonte

Partimos rumo ao desconhecido. Quando abandonamos terra, tornamo-nos numa outra pessoa em nós próprios. Assumimos uma outra identidade. Aquela salgada, que o meio assim o exige e que nos molda. Os olhos estão postos no horizonte. Mas levamos connosco todos aqueles que ficaram para trás. O significado da palavra família ganha outros contornos. Afinal, nestes singelos 23 metros de madeira passamos mais tempo do que com aqueles a que convencionalmente chamamos família. No entanto, embalados pela melodia da maresia, aqui também há família. Laços fortes que nos unem. Sorrisos que só têm valor quando se valorizam os arrufos. Quando alguém tem a coragem de reprimir, de ser directo, olhos nos olhos, traduz-se em respeito e preocupação. Aqui há família. Aqui há fenómenos de rara beleza humana.
Rara beleza



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terça-feira, 12 de junho de 2012

Pingar

Saímos à procura do ouro do mês de Junho. Os Santos Populares pedem sardinha assada. Nós temos de a encontrar. Mas não se pense que a tarefa é fácil. Fomos até à Barra de Setúbal. Nada. Mudámos de rumo até à Barra de Lisboa. Nada. Ainda para mais, a Lua não ajuda à nossa demanda. Talvez com a Lua Nova, na próxima semana, ela, a sardinha, dê o ar da sua graça. Sabemos que não anda longe, mas a sardinha é conhecida pela sua astúcia e rapidez de fuga aquando do cerco. Talvez amanhã volte a pingar na rede e no pão. Esse é o nosso desejo. É nisso que acreditamos sempre que saímos do porto. Amanhã é outro dia.

Procura



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sábado, 9 de junho de 2012

Desconhecido

E ali estava ele. Tranquilo. De olhos postos no Mar, pensava no que estava para além do horizonte. A incógnita mantinha-se. O desejo de avançar aumentava. Observava, reflectia e aquele apelo insistia em chamar por ele. O desconhecido abanava-o, fazia-o sentir-se vivo e puxava-lhe pela mão. Resistiu. Certo dia não aguentou mais. Lançou-se nas asas do destino. Aceitou de bom grado o sal no corpo e o vento no rosto. Entregou-se ao Mar de corpo e alma. Passou a fazer parte dele. Aprendeu com ele. Ganhou forças com ele. Até hoje nunca mais o deixou.
 
Desejo



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sexta-feira, 8 de junho de 2012

Visita

Sesimbra fica para trás. O dia também. A traineira Estrela do Mar regressa a Sines. O Mar não tem fronteiras. Já fomos visitas e neste dia fomos visitados. Sabemos que o peixe manda. O pescador anda sempre no seu encalço. O curioso é que a frota de Sesimbra e a de Sines pescaram, lado a lado, junto à Barra de Lisboa, e ainda com a companhia da traineira Segredos do Mar, de Setúbal. Se contarmos as milhas percorridas por todas estas traineiras, o resultado vai dar muitos zeros à direita. Nem falo em fazer as contas ao gasóleo… O peixe manda. O pescador segue o seu destino.
Serra e Mar


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terça-feira, 15 de maio de 2012

Pensamentos


Final de tarde quente. Há descontracção no ar, enquanto rumamos ao local de pesca. O convés ressequido espia os nossos rostos morenos e suados. Há quem nunca se canse de contemplar terra, sempre como se fosse a primeira vez. Acende-se mais um cigarro. Conta-se mais uma história do fim-de-semana que passou. Há sorrisos e caras fechadas. Há silêncios e pensamentos. Volta-se mais uma folha do jornal amarelecido pelo sol. Deitam-se fora os morangos com chantilly que, entretanto, azedaram. Há botas em prontidão junto aos beliches. Pés descalços de meias até ao joelho cruzam-se a meio de um dormitar. E outra vez o Mourinho na televisão. Há manteiga no pão para uma sandes de chourição. Indiferente, a nossa sombra persegue-nos, incansável, até a chegada da noite dar o golpe de misericórdia.

Sombra



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quinta-feira, 12 de abril de 2012

Tempo


Recordo a minha infância. Tinha 10 anos. Naquela frenética correria, fintava as esquinas da sala e do hall até à cozinha, saltava tapetes e passadeiras, batia contra as ombreiras das portas. Tudo para a avisar o meu Pai. Eram 19:45, hora do boletim metereológico, a previsão do tempo, no Primeiro Canal, vulgo RTP1, o Pém, como lhe chamava no meu portuguenhol de petiz. Aumentava-se o volume no televisor. O comando era ficção só vista na série Espaço 1999. Silêncio. “Não está muito famoso, mas vamos ver que aviso o Mestre dá” -, dizia o meu Pai. Hoje, temos aviso para as 2 da madrugada. Na Internet, saltamos gerações, canais e tempo, sobretudo, o tempo. Já sabemos que há previsão de vento forte de nor-noroeste (NNW), com rajadas que podem atingir os 30 nós e ondulação perto dos 4 metros. Mesmo assim, a Luís Adrião está preparada para a faina. Ainda não são 19:45.


Preparada


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quinta-feira, 29 de março de 2012

Spichel

O promontório do Cabo Espichel encerra em si um misticismo ímpar. Sempre que por aqui passo, um apelo vindo das escarpas não me deixa desviar o olhar. É como se todo o meu espírito fizesse uma vénia a tão magnificente cenário. Por estas paragens, os dinossáurios deixaram as suas pegadas, homens travaram batalhas, crentes fizeram jus à sua fé. Aqui, terra e mar testemunharam pescarias, mas também naufrágios e morte. Na Angra de Nossa Senhora do Cabo Espichel, conhecida por Praia dos Lagosteiros, muitos foram aqueles que encontraram o abrigo e a salvação da inclemência do Mar. Através das eras, dos séculos e dos anos, o Cabo de Spichel ali esteve, testemunha silenciosa. Sempre que por aqui passo me interrogo: quantos olhos não terão contemplado tão rara beleza?


Magnificente

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terça-feira, 20 de março de 2012

Faina


Reparação terminada, rede embarcada, companha determinada. Hoje regressamos à faina, mas só após as lides futebolísticas do Benfica-Porto. O Mestre decidiu brindar-nos com um pouco de futebol para animar as hostes. Vamos ver a noite que teremos. A conversa promete. O trabalho também. Uma coisa é certa: aconteça o que acontecer, a traineira Luís Adrião terá sempre a cor azul. Vamos lá… à procura de peixe!



Azul e branco

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segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Defeso

Entramos na última semana de pesca do mês. Na próxima quinta-feira começa o defeso de 45 dias à sardinha. Para minimizar este impacto, a traineira Luís Adrião irá para reparação e manutenção durante duas semanas. Depois – e até dia 15 de Abril – não vamos poder capturar sardinha. Esperemos que se cumpram os desígnios das estatísticas, já que o peixe sabe muito bem quando e onde deve estar para comer, descansar e procriar.

Amarrados

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terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Frio

Hoje escrevo estas palavras no conforto do lar. Nas duas últimas semanas, o frio e o vento têm tomado o Mar, o peixe e os homens. Têm sido fainas atrozes e violentas, de permanente teste ao corpo e ao espírito, à razão e à emoção. Nos momentos de sacrifício para além do humano, entram à prova as acções, as reacções e as sensibilidades de cada um, assim como as forças e as fraquezas. Corpos dormentes e molhados procuraram encontrar o tão necessário peixe. O frio deu-lhe sumiço. Nem cavala nem sardinha. Apenas algum biqueirão, que, entretanto, desapareceu. Mesmo assim, continuamos a cumprir o nosso destino. Resistentes também continuam as gaivotas, que se juntam à nossa rota, ao cair da noite, em busca de alguns pedaços de peixe ainda emalhados. Procuram alimento, tal como nós.

Resistentes

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quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Salvos

A frota do cerco de Sesimbra está mais pobre. Quando a aurora se preparava para despontar, a água aberta tomou de assalto a enviada Palinhos, pertencente à traineira Beatriz Paulo. O naufrágio viria a concretizar-se perto do Cabo Espichel. Os dois tripulantes estão sãos e salvos. Foi uma noite de tormenta, com vaga grossa e cachão atabalhoado, embalados por um vento forte e fresco de oeste-noroeste. Este é o risco que está sempre lá, num meio que não é o nosso: o Mar. Com a consciência desse risco e o respeito de todos os dias, hoje regressamos à faina, ao final da tarde.

Beatriz Paulo

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quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

A espera

Do alto da grua, o gancho comove-se. Cerra os olhos e abraça os últimos raios de sol. No pensamento, a dúvida de quando poderá soltar forças e resgatar o peixe para bordo. Nas águas procura respostas. No mar, levantado à passagem da traineira, lança as suas expectativas. O tempo passa e o dia solta o último fôlego, procurando contrariar o destino inadiável. E ali continua ele, o gancho, com uma panorâmica de tribuna, à espera. A traineira avança, mas o gancho, descansado, nunca descansa. Não desespera, aguenta, paciente. Já a noite tinha caído, quando ele, o gancho, teve resposta a todas as suas interrogações.

Gancho

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quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Saudações

Mar imenso, mas não tão imenso. Quando o peixe dita as regras, há que procurá-lo e as distâncias encurtam. As zonas de pesca tornam-se pequenas, demasiado pequenas. Muitas são as vezes em que nos cruzamos com outras traineiras da frota de Sesimbra. Perto, borda com borda, à distância de reconhecer um olhar e uma expressão. Nessas ocasiões, as saudações saem engalanadas das mais diversas formas. Há uma mão no ar, um boné que sai da cabeça, um esbracejar. Também há cordiais palavras, outras com uma malícia acutilante e ainda aquelas que ganham vida nas segundas intenções, mas sempre com o conhecido e reconhecido respeito entre homens do mesmo ofício.

Perto

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terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Na costa

Dei por mim a recordar fotografias a preto e branco, gravuras que sobreviveram aos séculos, estórias que me contaram, memórias das armações valencianas, lembranças de vidas que não vivi. Corriam céleres as areias do tempo e a nossa costa respirava prosperidade. Estávamos no século XIX. As armações marcavam o pulsar da vila, encolhida no vale, que só se espraiava rumo ao Mar. Ao largo do Bico da Agulha, ali a Leste, deslumbradas com a beleza da Enseada da Cova, as redes fizeram-se ao Mar, com vista privilegiada sobre a vila de Sesimbra. Por momentos pensei que estivesse noutros tempos. Fiquei feliz. Com o desenrolar do lance, a rede partiu e a cavala fugiu. Regressei à realidade. Ao aqui e agora. Mesmo assim, valeu a pena recordar.

Sesimbra à vista

(Text & Photo - Luís Pinto Carvalho - All Rights Reserved)

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Novo

A primeira pesca do ano decidiu romancear com um bom augúrio. Uma boa captura de besugo – massacote, como é conhecido por estas paragens e com quem nem sequer o corrector ortográfico consegue lidar – bafejou a nossa Companha e trouxe sorrisos aos rostos enegrecidos pelo sol e pelo sal. Que modo de começar o ano! A Natureza estendeu a passadeira vermelha e o Mar fez as honras da casa. Agradecemos. Continuamos. Este é um sinal que nos fortalece e que nos faz acreditar – ainda mais – de que este ano poderá ser um bom ano. Contra a maré negativista e asfixiante que nos chega bem lá detrás das secretárias e das estatísticas, aqui cremos que, com a perseverança e o esforço do trabalho, dia após dia, todos os dias, vamos conseguir.

Olhos nos olhos



(Text & Photo - Luís Pinto Carvalho - All Rights Reserved)